quarta-feira, 12 de agosto de 2015

A ESTRELA TRISTE
                      Célia Laborne Tavares
 A estrela mais triste
deixou rolar pelo infinito afora
sua lágrima de dor.
Sofreu a agonia palpitante,
o soluço inviolável.
Todas as suas irmãs souberam
que o bem-amado deixara sua amada.
 
A estrela mais triste
chorou na noite mansa e fria
(menos fria do que seu brilho pálido)
sofreu o desalento triste
o reflexo de um coração magoado.
Todas as suas irmãs disseram
- o bem-amado deixou a bem-amada.
 
A estrela mais triste
não pode morrer,
quando sua alma
perdeu-se na noite escura
(a lua mais cheia não soube encontrá-la)
nem seu brilho se apagou.
Ele tornou-se apenas frio
como o coração da amada
que o bem-amado abandonou.

2 comentários:

Cidália Ferreira disse...

Muito bonito, mas muito triste (são os mais belos)

Beijos
http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/

Unknown disse...

Irene: Muito belo adorei ler.
Beijos
Santa Cruz