segunda-feira, 31 de janeiro de 2022

C o n v e r s a n d o


O panorama político em Portugal a partir de ontem,

dia 30 de Janeiro de 2022 mudou muito.


O Partido Socialista volta a desfrutar de uma maioria

absoluta agora com António Costa.


Somos um país pobre,com muita gente de idade

avançada e muita dela vivendo apenas da sua reforma

e nalguns casos, muito baixa.


Também somos um país de ordenados muito baixos

e em que a alimentação, a água, gás, telefone, gasolina

ou gasóleo, e o arrendamento de casa, não são compatíveis

com os ordenados, em muitos e muitos casos.


No meio de tudo isto há quem ganhe muito bem e haja

alguns bem ricos, que nunca “gostam” que se lhes toque...


Governar não é fácil, as opções dizem muito e neste

momento há muitas instituições do estado que estão

funcionando muito mal, sobretudo após o Covid-19.


A António Costa há que dar os parabéns pela vitória

esmagadora, mas também saber que a responsabilidade

aumentou e muito sobre si.


Tem que formar um Governo de pessoas com muita

capacidade e sensibilidade.


A partir de agora, toda a ação do próximo Governo é

da sua inteira responsabilidade.


Portugal precisa de crescer mais, de ter menos endividamento, e de ter mais qualidade de vida.


O SNS precisa de ser remodelado e apoiado de forma

a que funcione muito melhor em todos os setores.Não

há só doentes do Covid, há de muitas outras doenças

que não têm estado a ter o acompanhamento devido.


Sobre António Costa e o seu próximo Governo vai

estar uma grande responsabilidade.


Desejo que tenham sorte, para bem de todos nós.


Irene Alves


domingo, 30 de janeiro de 2022

A pintura do século XVII “Martírio de São João Damasceno”, de Luigi Miradori, artista destacado do barroco lombardo, vai ser exibida no Museu Nacional de Arte Antiga, em Lisboa, a partir de 27 de janeiro.

Trata-se da segunda obra exibida no âmbito do “O Belo, a Sedução e a Partilha”, projeto museográfico conjunto do Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA) e a Fundação Gaudium Magnum — Maria e João Cortez de Lobão (FGM), e ficará em exposição até 10 de abril, anunciou hoje a organização.

Este óleo sobre tela de Luigi Miradori, dito Il Genovesino, nascido em Génova, Itália, cerca de 1605, e falecido em Cremona, em 1656, representa o Martírio de São João Damasceno, e data de 1645-1650, ficando em exibição na Galeria de Pintura Europeia do MNAA.

A obra pertence à fase mais criativa deste pintor – uma época em que a influência da pintura espanhola se fazia sentir em toda a região da Lombardia – que veio a falecer em 1656, em Cremona, “a cidade que o acolheu e lhe deu todas as possibilidades de se afirmar como um grande pintor do barroco lombardo”, indica o museu num comunicado sobre a pintura.

Fonte: Visão


fb-share-icon

sábado, 15 de janeiro de 2022

Fonte:VIDAS

O príncipe André entregou, esta quinta-feira, os títulos militares e reais à mãe, Rainha Isabel II, na sequência da acusação de abuso sexual de menor, caso pelo qual o duque será julgado nos EUA. A informação foi confirmada pelo Palácio de Buckingham através de um comunicado. "Com a aprovação e acordo da Rainha, as filiações militares e reais do Duque de York foram devolvidas à Rainha. O Duque de York continuará a não assumir quaisquer deveres públicos e está a defender este caso como um cidadão privado", pode ler-se.

A decisão surge depois de um juiz norte-americano ter recusado arquivar o caso no qual o príncipe é acusado de ter abusado sexualmente de Virginia Giuffr, em 2001. Além disso, 150 veteranos de guerra pediram que lhe sejam retirados os títulos militares, acusando-o de não cumprir "padrões de probidade, honestidade e conduta honrosa das forças armadas".

Retirado da página do Facebook de Luis Osório

POSTAL DO DIA
Simone de Oliveira
1.
Estive esta semana em casa de Simone.
Falámos longamente, coisas nossas.
Entreguei-lhe o Prémio Carreira.
Uma escultura do magnífico João Sotero que é, antes do mais, um agradecimento por tudo o que nos ofereceu a nós e ao país.
2.
Estive com ela e também lhe agradeci.
Fi-lo em nome da generalidade dos que tornaram esta página um lugar de encontro e tolerância. E em meu nome, claro.
Simone é o exemplo máximo de uma mulher que esteve sempre à frente do seu tempo.
Foi feminista quando não existia espaço para o feminismo.
Abandonou o marido que a maltratava e denunciou-o quando tal parecia impossível de ser feito – estávamos no final da década de 50 ou no princípio da década de 60, imaginam o que isso era?
Mas ela queria ser livre.
Poder cantar.
E foi com os filhos atrelados – contra a opinião dos pais, contra o boicote das revistas, contra os olhares das pessoas na rua que a viam como uma mulher desgraçada, um caso perdido.
Ela queria ser livre e foi.
3.
Por isso, já uma estrela, não teve problema em aceitar o convite de Ary dos Santos para cantar “A Desfolhada”.
Foi a quarta escolha pois ninguém aceitava dizer aquele verso…
Lembram-se?
“Quem faz um filho, fá-lo por gosto”
E ela aceitou.
Ganhou.
E o país rendeu-se perante o espanto de um regime que já abanava por todos os lados.
4.
Muitos a tentaram amedrontar.
A própria Amália tentou que fosse menos livre.
Tentaram rebaixá-la e vaticinaram-lhe a morte artística várias vezes.
Quando perdeu a voz.
Quando combateu um cancro que parecia fulminante.
Quando a viram destroçada com a morte de Varela Silva, o amor da sua vida.
Ou destroçada, muitos anos antes, com o fim do romance com Henrique Mendes, porventura a paixão da sua vida.
Quando pisou o palco como atriz muitos abanaram a cabeça.
Mas ela ganhou.
Quando apresentou programas de televisão exatamente a mesma coisa.
Mas ela mostrou como se fazia.
Quando ficou sozinha com mais de 70 anos.
E com mais de 75 e de 80.
Mas ela continuou e sempre forte, bonita, implacável.
Sem deixar de fazer o que lhe apetece fazer.
Fuma, acompanhada é bem capaz de beber um whisky, com uma boa conversa adora ir para a cama já de manhã.
5.
E continuou a cantar.
Com a voz mais rouca – “Desfolhada”, “Sol de Inverno”, “No Teu Poema”
Com a voz mais cansada soube transformar o seu modo de cantar e surgiu ainda mais forte, intensa, poderosa.
Continuou a cantar e a ser o que sempre foi: uma mulher livre, uma mulher forte, uma mulher que é um exemplo para todas as pessoas que em algum momento da sua vida acham que não é possível, que não conseguem ou estão condenadas.
Estive esta semana com Simone de Oliveira e ofereci-lhe uma escultura.
Um ato simbólico que não tem comparação com tudo aquilo que ela nos oferece há mais de meio século: uma enorme vontade de viver, uma enorme vontade de lutar, uma enorme sede de liberdade e coragem.
Ah, e um enormíssimo talento.
Obrigado, minha querida Simone.
LO
Pode ser uma imagem de 1 pessoa e interiores

quarta-feira, 12 de janeiro de 2022

Há-de flutuar uma cidade - poesia de Al Berto

há-de flutuar uma cidade no crepúsculo da vida
pensava eu... como seriam felizes as mulheres
à beira mar debruçadas para a luz caiada
remendando o pano das velas espiando o mar
e a longitude do amor embarcado

por vezes
uma gaivota pousava nas águas
outras era o sol que cegava
e um dardo de sangue alastrava pelo linho da noite
os dias lentíssimos... sem ninguém

e nunca me disseram o nome daquele oceano
esperei sentada à porta... dantes escrevia cartas
punha-me a olhar a risca de mar ao fundo da rua
assim envelheci... acreditando que algum homem ao passar
se espantasse com a minha solidão

(anos mais tarde, recordo agora, cresceu-me uma pérola no coração. mas estou só, muito só, não tenho a quem a deixar.)

um dia houve
que nunca mais avistei cidades crepusculares
e os barcos deixaram de fazer escala à minha porta
inclino-me de novo para o pano deste século
recomeço a bordar ou a dormir
tanto faz
sempre tive dúvidas que alguma vez me visite a felicidade.