O Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, chegou este sábado à noite a Madrid para uma visita oficial de menos de 24 horas, encurtada pelo tiroteio de Dallas (Texas).
O avião presidencial chegou de Varsóvia, onde Obama participou na cimeira da NATO, e aterrou pouco depois das 23 horas (22 horas em Portugal continental) na base aérea de Torrejon de Ardoz, perto da capital espanhola, onde era esperado pelo rei Felipe VI.
Obama e Felipe VI estiveram reunidos em setembro de 2015, por ocasião de uma visita oficial do rei espanhol aos Estados Unidos.
Esta é a primeira viagem oficial do presidente Obama a Espanha, um dos grandes países da Europa, que ainda não tinha visitado.
No domingo, o Presidente norte-americano vai ser recebido no palácio real, e depois vai reunir-se com o chefe do governo cessante, o conservador Mariano Rajoy.
Em 2015, durante o encontro com Felipe VI, Obama desejou que a Espanha permanecesse "forte e unida", numa referência à situação na Catalunha (nordeste).
Um ano mais tarde, o presidente norte-americano visita um país fragmentado entre as quatro forças políticas e incapaz de formar um novo governo, desde há mais de 200 dias.
O Partido Popular (PP, direita), de Rajoy, venceu as últimas eleições de 26 de junho, organizadas apenas seis meses depois do anterior escrutínio, mas só conquistou 137 dos 350 lugares no parlamento.
Obama deverá também reunir-se com os dirigentes dos três partidos da oposição, o socialista Pedro Sanchez (PSOE), o liberal Albert Rivera (Ciudadanos) e Pablo Iglésias do Podemos (esquerda radical), cujo nome foi inspirado no 'slogan' "Yes We Can" (Sim Podemos), da campanha de Obama.
Em seguida, o chefe de Estado norte-americana visita, durante a tarde, a base naval de Rota, perto de Cádiz, no sul de Espanha, onde estão estacionados quatro navios integrados no sistema de defesa antimíssil dos Estados Unidos.
Logo após esta visita, Obama parte para Dallas, onde um antigo soldado negro matou cinco polícias, na quinta-feira à noite.
Este "indivíduo demente" não representa nem os negros norte-americanos, nem "o espírito com o qual é preciso progredir", declarou o presidente dos Estados Unidos, numa conferência de imprensa em Varsóvia.
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