terça-feira, 13 de outubro de 2015

Pegadas na Areia da amiga Florinda Dias

Pegadas na Areia
Não me perguntem o porquê
dos meus motivos...
...
Motivos de eu sorrir, de eu fluir
De eu chorar...
Não me perguntem o porquê
Porque...
Até talvez nem eu própria!
O saiba explicar...
Não me perguntem o porquê
Daquele sorriso...
Que eu possa algumas vezes forçar,
Daquele choro...
Que eu possa algumas vezes conter,
Daquelas vezes que eu deixo a vida fluir
Daquelas vezes que eu possa
Até mesmo estar a fingir.
Fingir uma força interior,
Num avanço que dou à vida,
No enlaço duma força maior
Continuo...
Nem que eu não sinta o chão,
Olho o céu, uma ave que voa sem direção
Olho à minha volta...
Sinto e digo...
Tanto sentido, sinto na vida
Que mesmo que desmedida...
Que eu nunca tenha um forte motivo
Para senti-la com um ar de revolta.
Ao escrever...
Que nunca me tremam as mãos
Na vida...
Que nunca se apague o meu sorriso
Preciso...
A cada alvorecer
Que a cada passo meu,
fique marcada uma pegada na areia
Que a cada passo meu,
fique um rasto de flor,
Plantando num chão fértil,
Verdejante de amor...
E que a cada passo meu
fique a raiz na seara
A raiz de quem por amor à vida... Semeia.
Florinda Dias

3 comentários:

Cidália Ferreira disse...

Lindo poema, Parabéns!!
Beijinho de boa noite

chica disse...

Um espetáculo de poesia! Linda! bjs, chica e tudo de bom!

Mari-Pi-R disse...

Buena poesía de la que te deja pasar un buen rato con ella.
Un abrazo.