Eles vestiram
suas roupas sujas
e saíram de casa.
E suas mãos
se desmanchando
em linhas de sangue
borraram a lã dos cordeiros
e as amendoeiras.
Nossas tias lamentavam a lua,
o tapete que teciam,
a voz de esmeralda
da menina caída no poço.
Eles não sabiam,
mas estávamos lá.
Bebemos em silêncio
o sêmen ainda quente do morto.
(Extraído, com a devida autorização do blogue):
3 comentários:
Que bonito!
beijinhos
Poema Maravilhoso!
Adorei
Beijinhos
http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/
Fantástico, o poema.
Beijos.
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