domingo, 19 de abril de 2020

TOQUE...
...NÃO TOCAR...

Quando nascemos começa logo a haver toques...
e isso vai-nos acompanhando ao longo da vida,
sendo de diversas formas e sentimentos.

Uns são muito saborosos(os dos n/pais ou irmãos)
e sempre ansiamos por eles.

Depois conforme a vida vai avançando, por vezes
criamos as nossas amizades, e aí também o exis-
tem e achamos que é uma coisa boa na nossa
vida, querendo manter essas amizades, para sempre.Porém, nos sentimentos eles nem sempre
são totalmente verdadeiros, há coisas que sucedem
muito ruins, vêm muitas desilusões. Logo há
amizades que se perdem, toques que terminam.

Isso também sucede no Amor, muitas vezes uma
felicidade tremenda ao início, em que só se quer
tocar e tocar cada vez mais.O amor também nem
sempre corre bem, com o passar do tempo por vezes há rupturas, logo o fim do mesmo, e o deixar
de haver esse toque.

Portanto ao longo da n/vida o toque está sempre
a sofrer mutações. Também sucede que membros
da nossa família que muito nos tocavam e vice-versa falecem, terminando aí qualquer possibilidade de manter esses toques.Uma dor
profunda se instala!!!

Depois há famílias que têm que partir para outros
países, para ganharem o seu sustento e o dos filhos.
Também temos que nos habituar a deixar de sentir
e dar toques que eram tão saborosos.Mais sofrimento.

Portanto ao longo da n/vida vamos estando sempre
a ser postos à prova no que se refere ao TOQUE.

Mas agora é diferente, nas nossas vidas foi-nos
imposto que deixemos de nos ver, de nos tocar,
para conseguirmos evitar que um bicho ruim
nos queira tocar a nós, e esse é o único toque que
dispensamos, que não queremos.

Dispensávamos todos este conovírus-19, que veio
de não sei donde, que nem o conhecemos, mas que
ele consegue chegar junto de muitos em qualquer
parte do mundo, e vem para ver se nos derrota,
se nos mata. É MUITO MAU!!!

Estamos todos aterrorizados, sem saber o que nos
vai acontecer, e evitamos estar com as pessoas,
de as tocar, de as abraçar, estamos todos vivendo
numa maior solidão e também com medo, pois
nunca sabemos onde ele está, se nos toca ou não.

É triste...e espero/desejo que “ele se aborreça de
nos fazer tanto mal” e vá embora, ou que os
cientistas consigam fazer algo que o dizime.

A única esperança que se pode ter.
Irene Alves

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