TOQUE...
...NÃO
TOCAR...
Quando
nascemos começa logo a haver toques...
e
isso vai-nos acompanhando ao longo da vida,
sendo
de diversas formas e sentimentos.
Uns
são muito saborosos(os dos n/pais ou irmãos)
e
sempre ansiamos por eles.
Depois
conforme a vida vai avançando, por vezes
criamos
as nossas amizades, e aí também o exis-
tem
e achamos que é uma coisa boa na nossa
vida,
querendo manter essas amizades, para sempre.Porém, nos sentimentos
eles nem sempre
são
totalmente verdadeiros, há coisas que sucedem
muito
ruins, vêm muitas desilusões. Logo há
amizades
que se perdem, toques que terminam.
Isso
também sucede no Amor, muitas vezes uma
felicidade
tremenda ao início, em que só se quer
tocar
e tocar cada vez mais.O amor também nem
sempre
corre bem, com o passar do tempo por vezes há rupturas, logo o fim
do mesmo, e o deixar
de
haver esse toque.
Portanto
ao longo da n/vida o toque está sempre
a
sofrer mutações. Também sucede que membros
da
nossa família que muito nos tocavam e vice-versa falecem, terminando
aí qualquer possibilidade de manter esses toques.Uma dor
profunda
se instala!!!
Depois
há famílias que têm que partir para outros
países,
para ganharem o seu sustento e o dos filhos.
Também
temos que nos habituar a deixar de sentir
e
dar toques que eram tão saborosos.Mais sofrimento.
Portanto
ao longo da n/vida vamos estando sempre
a
ser postos à prova no que se refere ao TOQUE.
Mas
agora é diferente, nas nossas vidas foi-nos
imposto
que deixemos de nos ver, de nos tocar,
para
conseguirmos evitar que um bicho ruim
nos
queira tocar a nós, e esse é o único toque que
dispensamos,
que não queremos.
Dispensávamos
todos este conovírus-19, que veio
de
não sei donde, que nem o conhecemos, mas que
ele
consegue chegar junto de muitos em qualquer
parte
do mundo, e vem para ver se nos derrota,
se
nos mata. É MUITO MAU!!!
Estamos
todos aterrorizados, sem saber o que nos
vai
acontecer, e evitamos estar com as pessoas,
de
as tocar, de as abraçar, estamos todos vivendo
numa
maior solidão e também com medo, pois
nunca
sabemos onde ele está, se nos toca ou não.
É
triste...e espero/desejo que “ele se aborreça de
nos
fazer tanto mal” e vá embora, ou que os
cientistas
consigam fazer algo que o dizime.
A
única esperança que se pode ter.
Irene
Alves
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