Ternura
Desvio dos teus ombros o lençol, ...
que é feito de ternura amarrotada,
da frescura que vem depois do sol,
quando depois do sol não vem mais nada...
Desvio dos teus ombros o lençol, ...
que é feito de ternura amarrotada,
da frescura que vem depois do sol,
quando depois do sol não vem mais nada...
Olho a roupa no chão: que tempestade!
Há restos de ternura pelo meio,
como vultos perdidos na cidade
onde uma tempestade sobreveio...
Começas a vestir-te, lentamente,
e é ternura também que vou vestindo,
para enfrentar lá fora aquela gente
que da nossa ternura anda sorrindo...
Mas ninguém sonha a pressa com que nós
a despimos assim que estamos sós!
David Mourão-Ferreira, in "Infinito Pessoal"
Há restos de ternura pelo meio,
como vultos perdidos na cidade
onde uma tempestade sobreveio...
Começas a vestir-te, lentamente,
e é ternura também que vou vestindo,
para enfrentar lá fora aquela gente
que da nossa ternura anda sorrindo...
Mas ninguém sonha a pressa com que nós
a despimos assim que estamos sós!
David Mourão-Ferreira, in "Infinito Pessoal"
5 comentários:
Tão bonito!
Um beijinho
Feliz dia da poesia amiga.
Amiga no dia 29 deste mês vamos fazer uma apresentação de poesia. Se quiser aparecer é naquele tal sítio que lhe falei. às 15. O poeta? Eugénio de Andrade
Um abraço
Gosto cada vez mais da poesia de David Mourão-Ferreira.
Boa escolha, amiga Irene!
Beijinhos poéticos..
Uma bela homenagem da pena de um grande homem e poeta.
Um abraço
Uma bonito poema pasra comemoprar o Dia Mundial da Poesia.
Abraços .
Élys.
Enviar um comentário