domingo, 3 de maio de 2015

SCHOPENHAUER

   

Para cada sonho uma lápide
sóbria como o próprio cortejo,
depois disso, treinar sem cão
para morder qualquer desejo,

rasgada a farda da alegria
que, na batalha, o distraía,

agora a dor, em tempo célere,
pode estender, com dignidade,
sua cólera à flor da pele,

para sarjar com sua lança
tantos tumores da esperança.

Do Livro: Meditação sobre os Lajedos.

(com a autorização de sua viúva Cláudia e curadora da sua obra)


(Biografia(Wikipédia)
Neto e filho de poetas, estreou em livro em 1966, ano em que o historiador Tadeu Rocha batizou de Geração 65 o grupo de poetas surgidos nas páginas do Diário de Pernambuco naquela época1
Como sociólogo, trabalhou por onze anos na Fundação Joaquim Nabuco. Em sua atuação como jornalista, foi editor do Commercio Cultural, do Jornal do Commercio (Recife)de Pernambuco, e da Revista Pasárgada, além de colaborador da coluna Arte pela Arte, do Jornal da Tarde de São Paulo, e da coluna Marco Zero, da Revista Continente Multicultural.
Foi o maior incentivador do Movimento de Escritores Independentes de Pernambuco nos anos 1980 2
Foi, também, Vice-Presidente da União Brasileira de Escritores – Secção Pernambuco – UBE-PE, entre 1983-1984, primeira gestão da entidade após a sua reorganização, com o início da abertura política no Brasil, e, por duas vezes, Diretor de Assuntos Culturais da Fundação do Patrimônio e Artístico de Pernambuco – FUNDARPE.
Além das obras individuais, publicou poemas em antologias nacionais e estrangeiras. Em 2001, foi incluído na coletânea Os cem melhores poetas brasileiros do século XX, organizada por José Nêumanne Pinto (São Paulo: Geração Editorial). 3
Ocupou a cadeira 60 da Academia de Letras e Artes do Nordeste.



    2 comentários:

    Unknown disse...

    Os nossos sonhos não são lápides mas talvez lages onde estendemos os nossos desejos.

    Graça Pires disse...

    Não conhecia este autor. Obrigada por partilhá-lo aqui.
    Beijo.