A
felicidade nunca foi tão exposta e sua exibição constante trouxe uma patética ironia - a infelicidade. As redes sociais fabricam milhares de bons momentos: festas, amigos, ostentações, sorrisos, amores correspondidos, noitadas incríveis e metas realizadas. Não é curioso como tudo é perfeito? Como todos são bem resolvidos? Como o mundo está contente? Diante da tela desejamos tudo, cobiçamos o corpo perfeito, a viagem dos sonhos, o relacionamento ideal. O jardim do vizinho nunca foi tão verde.
Quando esse anseio não é correspondido, despejamos nossa indignação na linha do tempo, a inveja se transveste de crítica social. Dar-se nome a tudo, e inconscientemente vão criando-se rótulos: o exibido, o falso intelectual, o carente, o festeiro, o romântico irritante etc. Todos com seus míseros defeitos, tão distante da nossa conduta exemplar.
A verdade é que nos tornamos produtos, mas sem público alvo. O marketing pessoal é a grande jogada. Alguns compram, outros ignoram, já a maioria querem ser. Cada palavra, foto, expressão e desabafo vai criando uma rede de sentimentos e reações. E de repente aquilo que não somos é a concepção geral. O que antes era “privilégio” dos famosos, nos caiu como uma luva.
Temos milhares de informações à nossa disposição, e para dar conta assimilamos apenas o que importa, é desse modo que o título da matéria se torna o próprio conteúdo. Não é necessário ler até o fim, queremos praticidade, afinal esta é a nossa geração. Tudo é criado para facilitar nossa vida e desse jeito a preguiça tornou-se aceitável e isso é perigoso, por fim não sobra tempo para filtrar, entender e digerir. Mídias oportunistas, falsas citações e inverdades vão circulando, repetindo-se e assim destruindo ou construindo uma imagem. Um exército de opinadores é formado querendo arbitrar tudo, precisam expressar, e essa falsa sabedoria os torna arrogantes, invejosos, infelizes.
Necessitamos de uma revolução mental. Assimilar que precisamos ser e não transparecer. Importar-se menos, cobrar-se menos. Não sou a favor do isolamento virtual, mas de originalidade e motivações próprias. Precisamos sair às ruas do discernimento. Que os bons momentos sejam criados também para a exclusividade. Que aquela foto no “Instagram” seja a consequência e não a razão. Que dias de sol sejam vividos sem a preocupação da “Selfie” perfeita. E daí que não seja visto? E daí que as pessoas acreditem que sua vida é chata e sem brilho pelo simples fato do seu “Facebook” conter poucos “check-in”.
A verdade é que ninguém se importa de verdade. A grande maioria só quer te observar, analisar seus erros, julgar suas palavras, tentar ao menos ter sua vida ou te diminuir em suas mentes. Há também os fãs, aqueles que amam a imagem postada, não a realidade.
Que a exposição nas redes sociais sejam para dar mais vida à vida e não criar uma que não existe. E lembre-se: a infelicidade não usa “hastegs”,ela estampa um sorriso brilhante e se cobre com o filtro da felicidade.
felicidade nunca foi tão exposta e sua exibição constante trouxe uma patética ironia - a infelicidade. As redes sociais fabricam milhares de bons momentos: festas, amigos, ostentações, sorrisos, amores correspondidos, noitadas incríveis e metas realizadas. Não é curioso como tudo é perfeito? Como todos são bem resolvidos? Como o mundo está contente? Diante da tela desejamos tudo, cobiçamos o corpo perfeito, a viagem dos sonhos, o relacionamento ideal. O jardim do vizinho nunca foi tão verde.
Quando esse anseio não é correspondido, despejamos nossa indignação na linha do tempo, a inveja se transveste de crítica social. Dar-se nome a tudo, e inconscientemente vão criando-se rótulos: o exibido, o falso intelectual, o carente, o festeiro, o romântico irritante etc. Todos com seus míseros defeitos, tão distante da nossa conduta exemplar.
A verdade é que nos tornamos produtos, mas sem público alvo. O marketing pessoal é a grande jogada. Alguns compram, outros ignoram, já a maioria querem ser. Cada palavra, foto, expressão e desabafo vai criando uma rede de sentimentos e reações. E de repente aquilo que não somos é a concepção geral. O que antes era “privilégio” dos famosos, nos caiu como uma luva.
Temos milhares de informações à nossa disposição, e para dar conta assimilamos apenas o que importa, é desse modo que o título da matéria se torna o próprio conteúdo. Não é necessário ler até o fim, queremos praticidade, afinal esta é a nossa geração. Tudo é criado para facilitar nossa vida e desse jeito a preguiça tornou-se aceitável e isso é perigoso, por fim não sobra tempo para filtrar, entender e digerir. Mídias oportunistas, falsas citações e inverdades vão circulando, repetindo-se e assim destruindo ou construindo uma imagem. Um exército de opinadores é formado querendo arbitrar tudo, precisam expressar, e essa falsa sabedoria os torna arrogantes, invejosos, infelizes.
Necessitamos de uma revolução mental. Assimilar que precisamos ser e não transparecer. Importar-se menos, cobrar-se menos. Não sou a favor do isolamento virtual, mas de originalidade e motivações próprias. Precisamos sair às ruas do discernimento. Que os bons momentos sejam criados também para a exclusividade. Que aquela foto no “Instagram” seja a consequência e não a razão. Que dias de sol sejam vividos sem a preocupação da “Selfie” perfeita. E daí que não seja visto? E daí que as pessoas acreditem que sua vida é chata e sem brilho pelo simples fato do seu “Facebook” conter poucos “check-in”.
A verdade é que ninguém se importa de verdade. A grande maioria só quer te observar, analisar seus erros, julgar suas palavras, tentar ao menos ter sua vida ou te diminuir em suas mentes. Há também os fãs, aqueles que amam a imagem postada, não a realidade.
Que a exposição nas redes sociais sejam para dar mais vida à vida e não criar uma que não existe. E lembre-se: a infelicidade não usa “hastegs”,ela estampa um sorriso brilhante e se cobre com o filtro da felicidade.
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