sexta-feira, 16 de janeiro de 2015
TEMPO - Florinda Dias(gentilmente cedido)
Tempo
Chove...!
Chove lá fora, está frio
não voam os pássaros, não desabrocha a flor
no vento, um uivo de dor
Soa a tempestade...!
No mar... Nem o navio pode navegar
Na rua... Um sem-abrigo, em perigo
As nuvens correm apressadas
pelo vento são levadas
É Inverno...!
Um olhar através da janela
resta escrever um poema,
ler um livro, ouvir uma música, ver a TV,
pintar um quadro, a tinta ou aguarela
... Serenamente
Resta escolher o tema
...Resta
resta só uma aresta, daquela promessa
pode ser o tempo de espera, que tudo altera
viver e deixar acontecer
... Sem pressa.
Tal como...!
Como... Sublime é o rio
o rio que corre entre margens, sobre pedras
o rio que corre em direção ao mar
o rio que corre em direções diversas
assim corre a vida, para quem tem coragem de amar
sem se importar com as arestas
Ocorre no papel a tal verdade
A escrita que relata, a doce vontade.
Florinda Dias
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5 comentários:
Um poema que é um hino à natureza e ao amor. Um amor sem tino, que não contempla o limar das arestas.
Um abraço,
Jorge
Esos son los días tritones que hay muchos de ellos en el año.
Un abrazo.
Soberbo texto
Amei.
Beijinho, bom fim de semana.
http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/
Um dia lindo de inverno visto da sua janela.
Abraço
O lirismo da escrita doce.
Escreve-se como se faz amor
E as palavras acontecem formando um rio onde as cores se combinam e se misturam
Desejo um lindo sábado e um óptimo Domingo.
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